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Quis um cocktail “com fumo”… e acabou no bloco operatório: a noite corporativa que correu perigosamente mal

Há truques de bar que impressionam, outros que assustam… e depois há aqueles que rebentam literalmente com o estômago. Foi isso que aconteceu a um homem russo de 38 anos depois de beber um cocktail arrefecido com azoto líquido durante uma festa de empresa em Moscovo. O que era suposto ser um momento Instagramável acabou numa sala de cirurgia — e com lições que ninguém vai esquecer tão cedo.

O incidente foi inicialmente divulgado pelo popular canal de Telegram BAZA e ocorreu num evento corporativo realizado no estúdio culinário Igra Stolov, em Moscow. Para animar a noite, foi contratado um mixologista decidido a mostrar que a ciência também pode ser bebida… desde que tudo corra bem.

O plano parecia simples: usar azoto líquido para arrefecer rapidamente os cocktails e criar aquele efeito visual espectacular de nuvem branca a sair do copo. O problema? Ninguém avisou os convidados de que o azoto tem de evaporar completamente antes de se beber. Um detalhe pequeno, mas com consequências gigantes.

Um vídeo que entretanto se tornou viral mostra o momento exacto do desastre: o homem recebe o copo de papel, espera alguns segundos (claramente insuficientes), bebe o conteúdo… e imediatamente expulsa vapor pela boca, recua com dores e percebe-se que algo correu muito mal. O fumo era bonito. A dor, nem por isso.

As imagens terminam com a chegada dos paramédicos, mas o desfecho clínico foi confirmado mais tarde pelo site noticioso Lenta: o homem sofreu uma ruptura no estômago, causada pela ingestão do azoto líquido, e teve de ser submetido a cirurgia de urgência. Apesar de estar agora estabilizado, a gravidade exacta da sua condição ainda não foi totalmente divulgada.

Para quem acha que isto é um caso isolado, convém abrandar no optimismo. No início deste ano, em São Petersburgo, uma mulher de 23 anos bebeu um refrigerante com azoto líquido e acabou diagnosticada com queimaduras no esófago. A moda do “cocktail fumegante” pode ser visualmente apelativa, mas quando é mal executada transforma-se num risco médico sério.

O azoto líquido é utilizado na gastronomia moderna, sim — mas exige formação, regras rigorosas e explicações claras aos consumidores. Ingerido antes de evaporar, expande-se rapidamente no organismo, podendo causar perfurações, queimaduras internas e danos graves. Não é um efeito especial. É química pura.

No fim de contas, esta história serve de aviso claro: nem tudo o que parece saído de um laboratório fica bem num copo de festa. Porque há experiências que devem ficar no bar… e outras que acabam, infelizmente, no hospital.

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