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O super olfato no combate ao Parkinson

Nariz

Já viu, quase de certeza, filmes em que as personagens tinham uma memória perfeita (recordam tudo o que aconteceu), pessoas que pura e simplesmente não sentem dores, pessoas com a audição muito apurada, ou outra característica altamente ampliada… E, muito provavelmente pensou que isso só aconteceria num filme de ficção científica. Mas a verdade é que existem, realmente, pessoas com estas qualidades.

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Uma senhora, Millie, tem hiperosmia, uma sensibilidade aos cheiros e a certa altura começou a reparar que o seu marido apresentava um cheiro fora do vulgar, mais desagradável, quase ao mofo, na região da nuca e pescoço. Anos mais tarde, o seu marido foi diagnosticado com Parkinson e, infelizmente, já faleceu em 2015. 

Millie, associou este cheiro à doença depois de assistir a uma convenção sobre Parkinson e perceber que todos os doentes libertavam este odor. 

Os cientistas ficaram muito intrigados. Levaram mesmo Millie a realizar um género de estudo, ela teve de cheirar o aroma de muitas camisolas, algumas faziam parte de um grupo de doentes com Parkinson e o outro grupo estava saudável. Ela conseguiu distinguir a 100% os que estavam doentes. Do grupo de teste, identificou uma como tendo o cheiro e que “teoricamente” estava saudável, mas, a verdade, é que passados alguns anos, essa pessoa foi também diagnosticada.

Os cientistas conseguiram apurar que o cheiro se deve a uma alteração no óleo da pele e, que talvez por a nuca ser a zona mais esquecida na hora do banho, é nessa zona que mais se consegue distinguir o cheiro. 

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A partir daí um grupo de cientistas conseguiu criar um teste de esfregaço que consegue identificar se o paciente tem ou não Parkinson e, até ao momento tem-se revelado 95% eficaz. Claro que ainda está em fase de estudos.

O Parkinson é a doença neurológica que mais tem crescido nos últimos anos e só se consegue diagnosticar com base nos sintomas, o que pode sugerir que a doença já está avançada. Talvez com a ajuda de Millie se consiga diagnosticar doentes numa fase muito mais inicial e travar os sintomas. Quem sabe se o nariz de Millie não irá permitir os doentes com Parkinson viver muitos mais anos.



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