Bizarrices
Gaviões Assassinos? Escócia Pode Estar à Beira de um Apocalipse com Gaivotas
O que têm em comum uma criança traumatizada, um empresário em pânico e um escocês que já não consegue dormir? Todos têm sido vítimas daquilo que pode vir a ser o maior flagelo aviário da história recente do Reino Unido: as gaivotas escocesas.
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Sim, leu bem. Gaivotas. E não estamos a falar daquelas aves simpáticas que aparecem nos postais com faróis ao fundo e um pôr-do-sol romântico. Estas são criaturas vingativas, destemidas e aparentemente em dieta de sangue humano e batatas fritas alheias.
A situação é tão grave que já se discute no Parlamento Escocês a convocação de uma “cimeira nacional das gaivotas” (não, isto não é um festival de verão). A ideia partiu de Rachael Hamilton, deputada conservadora que garante que os escoceses estão a ser deixados “assustados, atacados e traumatizados”. E não se trata de exagero poético: sete crianças foram atacadas num único mês em Eyemouth, com uma delas a sair do encontro com a ave com feridas na cabeça e sangue a escorrer pela cara. Tudo porque, aparentemente, olhou de lado para uma gaivota.
Douglas Ross, ex-líder dos conservadores escoceses, avisou que se nada for feito, alguém pode mesmo morrer. Entre relatos de pessoas que já não saem de casa com medo de serem “bombardeadas em voo picado” e outras que sofrem de insónias crónicas devido ao barulho infernal dos bichos, o drama é real. Uma espécie de Alfred Hitchcock apresenta: Escócia, mas com menos suspense e mais cocó de ave.
A culpa, segundo Ross, é da NatureScot, o organismo encarregado tanto da conservação das aves como da concessão de licenças para as controlar. Um claro caso de esquizofrenia administrativa. Entre conselhos como “usem guarda-chuvas” e “adoptem um cão” (o que dá toda uma nova camada de profundidade ao conceito de animal de estimação defensivo), a população começa a perder a paciência — e os miolos.
O ministro da Agricultura, Jim Fairlie, admitiu que o problema é “mortalmente sério” (expressão que só por si já dá arrepios), mas disse que não pode mexer no sistema de licenciamento de aves, sob risco de levar com um processo judicial. Portanto, por agora, a melhor solução mesmo é: não alimente as gaivotas. Nem com restos de comida, nem com esperança.
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A luta continua, e talvez a Escócia acabe por ter a sua cimeira das gaivotas. Resta saber se será uma conferência entre humanos ou uma mesa-redonda com os líderes das colónias aladas. Só esperamos que não termine com todos a usar capacetes e a fugir com um saco de batatas na mão.