No Japão, soprar 100 velas já nem é notícia… o difícil é arranjar bolo que chegue para todos. O país acaba de bater mais um recorde impressionante: 99.763 pessoas com mais de 100 anos de idade. Sim, quase 100 mil japoneses já passaram o marco do século de vida — e muitos deles continuam a dar lições de saúde, disciplina e resistência.
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E, como não podia deixar de ser, a esmagadora maioria destes maratonistas da vida são mulheres: 88%. Há quem diga que o segredo está no peixe, nos vegetais e na sopa de miso. Outros garantem que o truque é andar a pé para todo o lado e continuar a fazer alongamentos mesmo aos 110. A verdade é que os homens andam a perder feio nesta corrida: para cada avô centenário, há uma verdadeira multidão de avós que continuam firmes e hirtas.
A atual “campeã” é Shigeko Kagawa, de 114 anos, que vive em Nara. O “decano masculino” é Kiyotaka Mizuno, de 111 anos, em Iwata. E ambos vão receber, como todos os estreantes no clube dos 100, uma taça de prata e uma carta do primeiro-ministro — porque no Japão até a longevidade tem direito a cerimónia oficial.
O mais curioso é ver a evolução: em 1963, havia apenas 153 centenários registados. Hoje, são quase 100 mil. Parece que, no Japão, envelhecer virou moda e ninguém quer ficar de fora.
Claro que também houve tropeções pelo caminho: em 2010 descobriu-se que milhares de centenários estavam mal registados — alguns já tinham partido há décadas, mas continuavam “vivos” no papel, com direito a pensão. Uma espécie de “Walking Dead” versão burocrática.
Ainda assim, ninguém tira aos japoneses o título de campeões da esperança de vida. Com uma dieta mais saudável, menos obesidade, menos doenças cardíacas e muito mais exercício diário (quem nunca viu os grupos de idosos a fazer Radio Taiso, aquela ginástica de três minutos transmitida desde 1928?), fica fácil perceber porque chegam todos aos três dígitos.
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Moral da história: enquanto o resto do mundo se queixa das rugas, os japoneses já tratam o aniversário dos 100 como se fosse apenas mais uma etapa. Lá, ser centenário não é exceção… é quase normal.
Fonte: BBC
