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Turista estrangeiro rouba oferenda e brinda com os mortos em cemitério japonês

No Japão, até os mortos merecem paz e respeito. Mas em Fujikawaguchiko, uma pacata localidade da prefeitura de Yamanashi, essa paz foi interrompida por um turista australiano que decidiu transformar um cemitério num bar improvisado — e ainda filmou tudo para as redes sociais.

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O episódio aconteceu no início de agosto, mas só no final do mês é que os vídeos começaram a circular de forma massiva no Japão, provocando indignação generalizada. E com razão: no registo, o turista aproxima-se de uma sepultura, onde familiares tinham deixado uma lata de chu-hi (um cocktail japonês de fruta com álcool) como oferenda ao falecido. Até aqui, nada de anormal. O problema? O visitante decide deixar uma moeda em cima da lápide, abre a lata e… brinda com o morto antes de engolir o conteúdo. Como se não bastasse, termina o número com um gesto de “kanpai” — o equivalente japonês ao “cheers” — batendo a lata na campa.

Se pensa que o teatro acabou aí, desengane-se. O australiano foi ainda filmado a atirar a lata vazia para o chão do cemitério, a brandir uma pistola de brincar e até a girar um itatoba, o marcador de madeira com nomes budistas póstumos que pertence a cada campa familiar. Ou seja: além de ofender os vivos, faltou ao respeito aos mortos e fez figura de vilão de baixo orçamento.

A reação nas redes sociais japonesas foi previsível e nada meiga:

– “Gostavas que fizessem isto na campa dos teus pais?”

– “Não voltes nunca mais ao Japão.”

– “Ladrão de campas, pede desculpa!”

Para se perceber a gravidade da coisa, convém lembrar que no Japão não existe o hábito de cultos semanais como em muitas religiões ocidentais, e as tradições budistas e xintoístas não têm um manual rígido de cerimónias. Mas isso não significa que valha tudo. Pelo contrário: as oferendas em cemitérios são momentos de respeito e memória. Roubar uma oferenda equivale, culturalmente, a entrar numa igreja e beber o vinho do cálice.

A polícia local já confirmou estar a investigar o caso. Com os vídeos como prova, resta apenas identificar o protagonista e avaliar as medidas possíveis: desde sanções legais a proibições de regresso ao país.

Em resumo: o que era suposto ser uma visita turística transformou-se num caso de estudo sobre como não se deve viajar. Porque, seja no Japão ou noutro lugar qualquer, há coisas que nem o jet lag explica — a falta de respeito é uma delas.



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