Preparem o chapéu de alumínio, porque esta história vem directamente do baú dos anos 60, cheia de luzes misteriosas, memórias perdidas e… fechos teimosos?
ver também: “OVNI” exibindo letras humanas passa voando por um avião a uma velocidade inimaginável

Em 1961, os recém-casados Barney e Betty Hill conduziam por uma estrada remota de New Hampshire, EUA, após uma viagem de lua-de-mel às Cataratas do Niágara. Até aqui tudo romântico, não fosse o detalhe de terem sido seguidos por um disco voador com intenções duvidosas. Segundo contaram, uma luz no céu começou a persegui-los e acabou por pairar mesmo sobre o carro. A seguir ouviram um zumbido… e puff, estavam em casa, 55 quilómetros adiante, sem a mínima ideia de como lá chegaram. Os relógios parados, a roupa danificada e as memórias mais confusas do que a grelha da TDT.
Barney, carteiro de 39 anos, e Betty, assistente social de 41, acreditavam ter sido raptados por extraterrestres — algo que na altura não era sequer tema de conversa nos jantares de família. Mas o seu relato ganhou fama, foi tema de livro e até teve um telefilme nos anos 70 com James Earl Jones.
Agora, a história regressa em força com o filme Strange Arrivals, protagonizado por Demi Moore no papel de Betty e Colman Domingo como Barney. E sim, há aliens. E há exames médicos bizarros. E há uma cena que já entrou para o panteão das grandes desculpas da história da humanidade: “os extraterrestres não me conseguiram despir”.
Segundo Betty, durante o rapto foi sujeita a exames médicos por parte dos alienígenas, incluindo um teste de gravidez com uma agulha com tamanho de aguilhão de enxame revoltado. Mas o mais curioso? Os aliens tiveram dificuldade em tirar-lhe a roupa. Ou porque os fechos eram demasiado complicados, ou porque finalmente descobrimos a fraqueza da tecnologia extraterrestre: botões e colchetes humanos.
A sobrinha do casal, Kathleen Marden, que hoje é investigadora de fenómenos OVNI (há profissões para tudo!), garante que os tios diziam a verdade. Visitou-os dois dias depois do incidente e lembra-se da tensão: o vestido rasgado de Betty, os sapatos arranhados de Barney e a bagagem deixada no carro “por medo de contaminação”. Romance e paranóia – os ingredientes perfeitos para um bom filme.
A comunidade científica continua dividida. O psiquiatra que estudou o caso disse que tudo pode ter sido um produto de stress, traumas e sonhos vívidos. Já Kathleen só teme que o novo filme transforme a tia Betty numa “louca adorável” e que o amor de Barney seja usado como desculpa para um delírio alienígena. “Vou ficar muito chateada se for isso que fizerem”, avisou ela.
E nós? Bem, nós vamos buscar pipocas — e talvez um capacete de alumínio, só por precaução.
