Se Cannes é conhecida pelo glamour do Festival de Cinema, pelas passerelles cheias de estrelas e pelos iates que valem mais do que o PIB de países pequenos, agora também tem uma charcutaria que decidiu inovar… com um nome que faz franzir sobrancelhas e arrancar gargalhadas (ou processos judiciais).
Estamos a falar da pequena loja “Ma femme est une cochonne” — em português, “A minha esposa é uma porca”. Sim, leu bem. E sim, é mesmo o nome da charcutaria. Nada como um bom presunto com uma pitada de polémica para abrir o apetite, não é?
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Instalada numa esquina discreta de Cannes, esta loja de especialidades à base de porco rapidamente se tornou o centro de todas as atenções — e não só pelas salsichas artesanais. O nome, com um charme provocatório bem francês, levou os habitantes locais a dividir-se entre dois campos: os que acham graça ao trocadilho atrevido e os que já chamaram a polícia do bom gosto (ou a sogra).
Humor ou insulto com aroma a salpicão?
O dono da loja, um tal de Didier, não se mostra particularmente preocupado com a polémica. “É só uma piada. A minha esposa é maravilhosa, mas também adora charcutaria, especialmente porco preto”, disse ele ao jornal local Nice-Matin. “E ela tem sentido de humor. Felizmente. Senão já tinha dormido no balcão do fiambre.”
O nome da loja está impresso em letras garrafais sobre a montra, decorada com corações cor-de-rosa e porquinhos sorridentes de cerâmica. Um verdadeiro desfile de kitsch culinário, digno de um filme do Pedro Almodóvar com banda sonora de acordeão francês.
Clientes divididos, turistas intrigados
Alguns clientes regulares consideram o nome “refrescante e criativo”, enquanto outros dizem que “há limites” — especialmente quando a palavra cochonne pode ter, digamos, outras conotações em francês, dependendo da imaginação (e do histórico de pesquisas) de cada um.
As redes sociais fizeram o resto: a foto da loja já corre o Instagram, o TikTok e até o X (antigo Twitter), acompanhada de comentários como “o marketing mais honesto da França” e “a loja onde o porco é rei e o marido vive em perigo”.
Afinal, é Cannes ou Caniche?
Para já, a loja continua de portas abertas e os presuntos continuam a sair como pãezinhos quentes — ou como porquinhos frios, neste caso. E enquanto uns discutem a ética do nome, outros mordem uma baguete com rillettes e dizem: “C’est la vie”.
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Fonte original:
Le Figaro – Charcuterie “Ma femme est une cochonne” divise à Cannes
