Nas praias douradas da Gold Coast, um surfista chamado Higor Fiuza e a sua inusitada parceira de aventuras, uma píton carpete bredli de nome Shiva, tornaram-se celebridades por um breve momento. Um vídeo deles a cavalgar as ondas tornou-se viral e gerou todo um tsunami de atenções—nem todas positivas, como Fiuza viria a descobrir.
Os Olhos Atentos da Lei
O vídeo não atraiu apenas os fãs do surf e dos répteis, mas também os olhos vigilantes dos agentes de proteção da vida selvagem. O Departamento de Ambiente e Ciência de Queensland viu no comportamento de Fiuza uma violação do seu alvará para manter o animal, particularmente porque o expôs em público. Resultado: uma multa no valor de A$2,322, que em euros rondaria os 1,500€.
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As Cobras Não São Peixes
Jonathan McDonald, um agente da proteção da vida selvagem, alertou sobre o potencial stress que atividades deste tipo podem impor em animais nativos. “Os répteis, em geral, evitam a água. A píton teria achado a água extremamente fria”, observou McDonald, apontando que apenas cobras marinhas deveriam estar no oceano. Como bónus, foram levantadas preocupações adicionais relacionadas à segurança pública e potenciais ameaças à saúde que a píton poderia representar à vida selvagem local.
Fiuza e Shiva: A Saga Continua
Fiuza, por seu turno, mantém-se inabalável na sua convicção de que Shiva gosta de água. Referindo-se à personalidade calma da cobra, Fiuza assegurou: “Normalmente, quando ela não gosta de algo, começa a sibilar. Mas ela nunca sibila na água; está sempre relaxada.”
Em resumo, a história de Fiuza e Shiva oferece-nos uma lição sobre a intersecção complexa entre a liberdade individual, o bem-estar animal e a lei. E enquanto o debate continua a ondular como uma cobra em movimento, uma coisa é certa: este episódio trouxe à tona questões que vão muito além de um simples dia na praia.
