Os nossos animais merecem tudo. É verdade, são uma grande companhia, não conseguimos imaginar perdê-los e por isso tentamos proporcionar-lhes a melhor vida possível.
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Claro que quando se diz isso, estamos a falar de alimentá-los a tempo e horas com comidinha boa, com todos os nutrientes que eles precisam para ter saúde, de aconchegá-los nas nossas casas para que não passem frio, levá-los a passear (se eles gostarem e precisarem de mais espaço), tratar da higiene deles e levá-los ao veterinário para consultas de rotina ou para quando precisam de assistência de forma urgente. E dar-lhes muito mimo e atenção, tal como eles nos dão a nós.
Enquanto eu penso assim, talvez alguns pensem: “Vou levar o meu cachorrinho ao restaurante que tem 10 estrelas Michelin canídeas, vou oferecer-lhe o menu de degustação e depois vou levá-lo a fazer o seu cocózinho no jardim da Casa Branca. What?
A verdade é que muito recentemente, um chefe de cozinha que adora animais, mas especialmente cães, abriu um restaurante para… cães. Chama-se “Dogue”, não sei se por falta de criatividade ou para dar a entender aos humanos que aqui não há comida para eles.
E realmente servem um menu de degustação para canídeos. Todas as refeições são seguidas por veterinários para que nada lhes falte e não sei como é medida a satisfação dos clientes, talvez pela velocidade a que a cauda se abana? Não sei, teremos de ir vir para crer.
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E o que acontece aos donos dos animais enquanto estes se babam com estas refeições dos deuses? Ficam à porta presos por uma coleira protegidos da chuva e com água para não desidratarem?
Não sei o que pensar sobre este assunto. Eu sou apologista de tratar bem os animais, tal como devemos tratar bem as pessoas. Mas talvez isto já me parece um tanto ou quanto exagerado. Só sei que de hoje em diante, a comida gourmet já não é tão exclusiva quanto isso.
