Uma ex-funcionária de uma escola nos Estados Unidos foi condenada a nove anos de prisão após ser descoberta a roubar asas de frango no valor impressionante de 1,5 milhões de dólares (aproximadamente 1,18 milhões de libras). O esquema, liderado por Vera Liddell, de 68 anos, desenrolou-se ao longo de um ano, durante o qual a acusada conseguiu desviar 11.000 caixas de asas de frango destinadas aos alunos da escola.
O roubo teve início em julho de 2020, no auge da pandemia de COVID-19, um período em que as escolas estavam fechadas, mas continuavam a fornecer kits de refeições aos estudantes que aprendiam à distância. Liddell, que ocupava o cargo de chefe de serviços alimentares há uma década, utilizou a sua posição para adquirir grandes quantidades de comida, usando uma carrinha de carga da escola para transportar as asas de frango.
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De acordo com os procuradores, os estudantes nunca chegaram a ver uma única asa de frango, apesar da enorme quantidade adquirida. A fraude só foi descoberta quando um gestor financeiro da escola, situada nos arredores de Chicago, notou uma discrepância de 300.000 dólares (cerca de 235.000 libras) no orçamento alimentar durante uma auditoria de rotina. Esta discrepância alarmante levou a uma investigação mais aprofundada, que acabou por expor o esquema.
Liddell foi inicialmente acusada de roubo e de operar uma organização criminosa, acusações graves que reflectem a magnitude do seu crime. Apesar da complexidade do esquema, que foi cuidadosamente executado durante um período significativo de tempo, a justiça acabou por prevalecer. A ré confessou os crimes e, como resultado, foi condenada a uma pena de prisão de nove anos.
Este caso destaca não só a gravidade das ações de Liddell, mas também a vulnerabilidade das instituições públicas a fraudes internas, especialmente em tempos de crise. O facto de Liddell ter conseguido desviar uma quantidade tão grande de recursos sem ser detetada durante um ano sublinha a importância de mecanismos de controlo e de auditorias regulares, especialmente em setores como o da educação, onde os recursos são muitas vezes limitados e destinados diretamente ao bem-estar dos estudantes.
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A pandemia de COVID-19 trouxe desafios sem precedentes para as escolas e outras instituições públicas, forçando-as a adaptar-se rapidamente a novas realidades, como o ensino à distância e a distribuição de refeições. No entanto, também revelou fragilidades no sistema, que, como este caso demonstra, podem ser exploradas por indivíduos com intenções criminosas.
Este escândalo servirá certamente como um alerta para outras instituições, reforçando a necessidade de uma maior vigilância e de políticas rigorosas para prevenir fraudes semelhantes no futuro. A história de Vera Liddell é uma lembrança trágica de como a ganância pessoal pode comprometer a integridade de uma instituição e prejudicar aqueles que ela deveria servir – neste caso, os próprios estudantes.