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Os Cães Azuis de Chernobyl: quando o apocalipse ganha um toque fashion 🐶

Nem todos os dias se acorda para descobrir que o novo fenómeno viral da Ucrânia é… uma matilha de cães azuis a passear pela zona de exclusão de Chernobyl. Sim, azuis. Não de frio, mas de pelo. E não, não é Photoshop nem uma nova coleção da Pantone — é mesmo verdade.

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Os protagonistas desta história irradiantemente curiosa (sem trocadilhos, prometemos) vivem entre as ruínas da antiga central nuclear e têm deixado cientistas, ambientalistas e curiosos coçar a cabeça. Há quem tenha pensado, claro, em radiação — afinal, estamos a falar de Chernobyl — mas as equipas da organização Dogs of Chernobyl rapidamente garantiram que os animais estão saudáveis e que o tom azul-elétrico não tem nada a ver com mutações genéticas ou superpoderes radioativos.

A explicação mais plausível? Tintas ou resíduos químicos deixados por algum equipamento industrial — talvez uma casa de banho portátil avariada — com os cães a “testarem” a cor sem querer. Uma espécie de spa radioativo, mas versão canina.

Enquanto os investigadores tentam perceber a origem exata do tom azul-turquesa, os cães continuam a ser estrelas — literalmente, porque o vídeo em que aparecem já correu o mundo. Os voluntários que trabalham na zona estão agora a esterilizá-los, vaciná-los e, quem sabe, a resistir à tentação de abrir um perfil de Instagram chamado Blue Dogs of Chernobyl.

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Brincadeiras à parte, esta história mostra também a incrível capacidade de adaptação da natureza. Os cães de Chernobyl são descendentes diretos dos animais deixados para trás em 1986, quando a cidade de Pripyat foi evacuada após o desastre nuclear. Décadas depois, não só sobrevivem, como agora também ditam tendências cromáticas.

Talvez o verdadeiro milagre de Chernobyl não seja o renascimento da vegetação nem os javalis radiantes — sejam mesmo estes cães que decidiram que, se é para viver nas ruínas de um apocalipse, que seja com estilo.

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