O Gato que Quer Ser Político: Leo, o “Demo-cat” de Queens

Nova Iorque já viu de tudo: presidentes famosos, escândalos políticos e até campanhas presidenciais de comediantes. Mas agora há um novo fenómeno em Queens: um gato quer ser eleito para o Conselho Municipal. E não, isto não é um episódio perdido de Family Guy — é a vida real.

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Chama-se Leo Namuche, tem 9 anos, é um ex-gato de rua e apresenta-se como o primeiro “Demo-cat” de Queens. O felino já tem cartazes e autocolantes espalhados pelos postes da cidade, a apelar ao voto de protesto. O seu lema é simples: “Sou o único candidato que dá um meow pelas pessoas.”

Na corrida está contra humanos de carne e osso — entre eles Phil Wong, democrata e antigo diretor orçamental de Robert Holden, e Alicia Vaichunas, candidata republicana e conservadora. Mas convenhamos: qual deles é que promete tornar obrigatória uma sesta diária à tarde para toda a cidade? Exacto, só o Leo.

A sua dona, Raquel Namuche Pacheo, militante do sindicato de inquilinos de Ridgewood, leva a campanha muito a sério. Na declaração oficial, emocionou-se ao dizer que luta “pela dignidade de cada pata que já tocou a neve gelada sem abrigo”. Uma visão poética que, sejamos honestos, nenhum político humano ousaria arriscar.

No Instagram, Leo tem apenas 139 seguidores — mas, sejamos justos, isso é mais do que alguns candidatos humanos conseguem. Já o rival Rocky, o “spokescat” oficial do atual vereador Holden, não poupou nas críticas: “Ninguém quer saber do Leo! Nem sequer vive no distrito. A dona é uma maluquinha esquerdista que devia preocupar-se com o bairro onde mora.” Claramente, campanha felina também tem ataques pessoais.

Do ponto de vista legal, claro, há um pequeno detalhe: a Comissão Eleitoral já esclareceu que apenas seres humanos, cidadãos norte-americanos, podem ocupar cargos públicos. Mas quem sabe? Nova Iorque é a cidade onde tudo acontece, e talvez este Demo-cat esteja apenas a abrir caminho para um futuro onde garras e bigodes também contam na urna.

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Seja como for, uma coisa é certa: Leo pode não ganhar, mas já conquistou o título de candidato mais fofinho da história política de Queens.

Fonte: New York Post