No Kiddin'
🦌 A TV mais lenta do mundo está de volta: milhões assistem à “marcha épica” dos alces suecos
Enquanto uns se empoleiram no sofá para ver reality shows cheios de drama ou perseguições policiais em alta velocidade, outros — mais zen, mais pacientes e, quem sabe, mais sábios — preferem ver… alces a andar. Lentamente. Muito lentamente.
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Bem-vindos à Grande Migração dos Alces, o fenómeno televisivo sueco que já capturou o coração (e a paciência) de mais de 9 milhões de pessoas no ano passado e que está de volta para mais uma temporada de emoções contidas, marcha tranquila e nada a acontecer durante horas. Literalmente.
A transmissão começou esta semana com pompa, circunstância e 26 câmaras fixas apontadas ao nada em particular, algures no norte da Suécia. A grande promessa? Eventualmente, um alce vai passar. E talvez até nade!
📺 TV em câmara lenta, mas com alma
O evento é transmitido 24 horas por dia até 4 de maio pela SVT, a televisão pública sueca, que decidiu antecipar o início da emissão graças ao tempo quente e ao entusiasmo dos alces, que começaram a mexer-se mais cedo este ano.
“O segredo está em não acontecer absolutamente nada”, diz Ulla Malmgren, de 62 anos, que já preparou marmitas, termos de café e avisou a família que não está disponível para conversas inúteis — os alces exigem atenção plena.
E não se pense que isto é coisa de nicho. Desde que a febre do slow TV começou com uma viagem de comboio de sete horas na Noruega, em 2009, que o conceito se espalhou como um bom calmante televisivo para corações ansiosos.
🧘♀️ Meditação com cascos
Para muitos espectadores, a migração é uma espécie de ASMR visual, uma experiência quase espiritual, onde o silêncio e a lentidão criam um ambiente perfeito para… nada fazer. “É como ter um screensaver com vida própria”, dizem os fãs.
A professora Annette Hill, especialista em media da Universidade de Jonkoping, garante que este tipo de conteúdo oferece “um cenário atmosférico e relaxante” dentro de casa. E, convenhamos, é difícil competir com a beleza de um alce de 450 kg a atravessar um rio em câmara lenta.
🎥 Alta tecnologia para baixa velocidade
A produção envolve 15 pessoas, mais de 12 quilómetros de cabos, 26 câmaras diurnas, 7 noturnas e um drone — tudo para garantir que nenhum alce fica fora do enquadramento. Um verdadeiro Big Brother da floresta, mas sem confissões nem drama.
Com cerca de 300 mil alces espalhados pelos bosques da Suécia, a probabilidade de apanhar um em direto é elevada. Mas atenção: o ritmo é ditado pelos alces. Eles aparecem quando querem, não quando o espectador deseja.
🦌 E se o alce não passar? Espera-se mais um bocadinho.
Porque, no fundo, o importante não é o alce. É a espera. É o som do vento, o balançar das folhas, a promessa de uma travessia majestosa que talvez aconteça… ou não.
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📌 Para os interessados em meditação em formato de televisão: a transmissão está disponível online através do site da SVT Play.