No Kiddin'
Homem Só Sai com Mulheres cujos Nomes Têm um Sabor Agradável
A Fascinante Vida de James Wannerton
James Wannerton, um homem de 65 anos residente em Manchester, possui uma condição neurológica rara que transforma a sua perceção do mundo: a sinestesia. Para James, as palavras, sons e nomes não são meramente estímulos auditivos ou visuais, mas também experiências gustativas. Este fenómeno, que foi inicialmente desvalorizado pelos médicos como “imaginação fértil”, tem moldado a sua vida de formas profundamente incomuns.
Desde criança, James tem a capacidade de “saborear” palavras e sons, uma experiência que começou aos cinco anos de idade durante uma viagem no metro de Londres. O som dos carris transformou-se, na sua mente, no sabor de ruibarbo. A partir desse momento, esta peculiar sinestesia tornou-se uma constante na sua vida, influenciando até as suas relações pessoais.
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Segundo James, o sabor dos nomes e das vozes das pessoas à sua volta desempenhou um papel crucial nas suas escolhas de amizades e relacionamentos amorosos. Ele recorda que, durante a adolescência, a atração por uma rapariga não era determinada apenas pela aparência ou personalidade, mas também pelo sabor do seu nome. “A minha primeira namorada tinha o sabor de pão acabado de sair do forno”, revelou James em entrevista ao Manchester Evening News.
No entanto, nem todos os nomes têm sabores agradáveis. James compara a sensação de estar na presença de alguém cujo nome tem um sabor desagradável à experiência de estar perto de uma pessoa com um odor corporal desagradável. “Se o sabor fosse repulsivo, isso afetava-me profundamente. Não gostava de estar na companhia dessa pessoa”, explica.
A sinestesia de James também trouxe desafios significativos, especialmente durante os seus anos escolares. Os sons e os cheiros na sala de exames tornavam-se distrações insuportáveis, prejudicando a sua capacidade de se concentrar. Quando, aos 15 anos, procurou ajuda médica, o diagnóstico foi decepcionante: os médicos consideraram que tudo não passava de uma imaginação fértil e que ele “cresceria” desta condição.
Foi apenas aos 21 anos que James descobriu que não estava sozinho na sua experiência. Ao assistir a um documentário na televisão sobre sinestesia, ele percebeu que outras pessoas também viviam com esta condição. Esta descoberta trouxe-lhe um certo alívio, mas a falta de compreensão durante a maior parte da sua vida deixou marcas.
Um dos momentos mais aterradores provocados pela sua sinestesia aconteceu enquanto conduzia a sua motorizada. Um som peculiar transformou-se num sabor intenso de azeite, distraindo-o a ponto de perder o controlo da moto e sair da estrada, acabando numa valeta. “Foi uma experiência quase fatal”, contou James.
Apesar dos desafios, James reconhece que a sua condição lhe confere algumas vantagens, como uma memória visual muito apurada. De facto, esta característica influenciou até mesmo as suas escolhas profissionais: James aceitou um emprego em Blackpool em vez de Loughton, não por uma questão de conveniência, mas porque “Blackpool” tinha o sabor de pastilhas de fruta, enquanto “Loughton” sabia a “presunto bolorento”.
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A história de James Wannerton é um exemplo fascinante de como a sinestesia pode moldar a vida de uma pessoa de formas inesperadas e profundas. Ao longo dos anos, a sua experiência tem sido destacada em vários meios de comunicação, incluindo o Manchester Evening News e outros jornais britânicos, trazendo à luz uma condição que, para muitos, ainda é envolta em mistério.