William Henry Penhaligon foi em tempos o barbeiro e perfumista oficial da corte da Rainha Vitória. Ao mesmo tempo foi fundador de uma perfumaria em 1870, em Londres, a perfumaria Penhaligon’s. Agora não vivemos em época de ter os nossos próprios perfumistas mas o Príncipe Carlos aproveitou esta ligação centenária para uma boa ação, deixar-nos a todos com aroma real.
Desta colaboração surge um perfume inspirado na residência do Príncipe Carlos, Highgrove. Diz-se que quem visita os seus jardins, o que é possível entre os meses de Abril e Outubro, fica encantado com as fragrâncias dos jardins e com a sua beleza.
Pois bem, essa fragrância poderá agora ser “comprada”, em forma de frasco, por cerca de 180 dólares. Portanto, não é para todos, mas é para quem pode. O perfume é floral, com aroma a gerânio, lavanda e lima.
O valor conseguido a partir da venda deste perfume reverte para a fundação do Príncipe. 10% desse valor será para ser implementado na formação de artesanato e agricultura sustentáveis. E prova deste empenho é mesmo a embalagem da fragrância que é feita, unicamente, de produtos sutentáveis. Não existe plástico na embalagem, tendo este sido substituído por papel reciclado, e até a impressão foi feita com tinta orgânica.
Numa época em que cada vez mais se discute o papel das monarquias, esta é uma forma de mostrar que podem desempenhar um papel importante, dar o exemplo, apoiar iniciativas importantes, uma vez que são ouvidos e seguidos e que têm milhões de olhos postos neles.
E a sustentabilidade é, sem sombra de dúvida, um tema cada vez mais atual e urgente. E exemplos como estes são fundamentais para que outras marcas sigam a meta de se tornar mais sustentáveis, mais verdes. Até porque o público, cada vez mais, valoriza esse cuidado.