Bansky, professor honorário

Já tive professores memoráveis, pelas melhores e pelas piores razões. Professores que bebiam de qualquer garrafa de qualquer aluno. Claro que na altura ainda não havia Covid (nojo). Professores que vinham de chinelos de quarto para a aula e os professores que ficam na nossa memória, simplesmente, porque são espetaculares!

Nunca tive, no entanto, um professor que não estivesse lá. Apareciam sempre, para mal dos nossos pecados, quando achávamos que já não ia aparecer e íamos curtir o resto do dia, ele lá entrava na aula, só para irritar.

Pois o Bansky, famosos artista, foi eleito professor honorário de uma escola inglesa, a Universidade de Artes Criativas de Inglaterra. Este título foi-lhe atribuído graças aos seus esforços para mentalizar a sociedade de problemas políticos, sociais e ambientais. E a verdade é que ele aceitou.
A identidade deste artista permanece um mistério, o que levanta a questão: irá mesmo aparecer? Será que vai de óculos escuros, tipo Pedro Abrunhosa? Ou colocar um caracolito na testa, que já ninguém consegue discernir a sua identidade?

Isto foram tudo devaneios. Este é um título meramente simbólico, um reconhecimento pelo seu trabalho enquanto artista. Ele não vai mesmo lecionar. Pelo menos em frente de uma turma. Dá-nos grandes lições sempre que surge uma nova obra dele.
Apesar de ter aceite, não irá comparecer na cerimónia de entrega destes títulos, no seu lugar ficará uma cadeira vazia.

Bansky não me parece ser do estilo de valorizar prémios e ovações. Pode ser que utilize a dita honra num próximo trabalho. Talvez surja partida aos bocadinhos.
Bansky continua a ser um mistério. Acredita-se que terá nascido em 1974/75 em Bristol, pois é lá que podemos encontrar um maior número de obras. As suspeitas existem, mas até aos dias de hoje, é impossível saber. A esta altura já não seria acusado de vandalismo. Pode aparecer.