Os compradores numa loja de luxo na China foram surpreendidos ao depararem-se com uma forma peculiar e inesperada de apresentar moda: manequins humanos que desfilam em passadeiras rolantes. Esta iniciativa inovadora, implementada por uma cadeia de retalho chinesa, atraiu a atenção de milhões nas redes sociais e gerou uma avalanche de reações diversas. No vídeo viral que capturou o momento, duas mulheres, vestidas com roupas da última coleção, caminham em passadeiras colocadas no exterior de uma loja em Xangai, desafiando a forma tradicional de expor vestuário.
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A decisão de usar pessoas reais em vez de manequins estáticos visa oferecer aos clientes uma visão mais dinâmica de como as peças se ajustam e movimentam. A reação nas redes sociais foi polarizada: enquanto alguns elogiaram a iniciativa como uma inovação no mundo da moda, outros consideraram-na “assustadora” e compararam-na a um episódio de Black Mirror. Para os defensores da ideia, a presença de manequins humanos não só contribui para uma experiência de compra mais realista, mas também oferece aos modelos uma oportunidade de se manterem em forma, como apontaram alguns comentários online.
Curiosamente, o conceito de modelos humanos não é novo. No início do século XX, lojas de luxo nos Estados Unidos, como a Bloomingdale’s, utilizavam empregados para exibir as peças aos clientes, permitindo-lhes uma experiência semelhante à de um desfile privado. Esta nova abordagem na China parece ser um renascimento dessa prática, embora com um toque mais moderno e distópico, graças à presença das passadeiras rolantes.
No entanto, nem todos apreciam esta reintrodução “retro”. Enquanto alguns clientes vêem a ideia como um “emprego fitness”, outros apontam que andar sem parar num espaço limitado pode ser exaustivo e monótono para os modelos envolvidos. Este conceito levanta questões sobre o futuro do trabalho humano na moda, num mundo onde a automação e o uso de tecnologia continuam a avançar a passos largos.
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