Se acha que viver até aos 90 é uma sorte e chegar aos 100 é material de reportagem televisiva, prepare-se: uma startupchinesa garante que descobriu a fórmula para transformar a humanidade numa espécie de clube de super-centenários. Segundo a Lonvi Biosciences, sediada em Shenzhen, estamos a um passo de engolir uma pílula mágica — sim, literalmente — que pode empurrar o limite da vida humana até aos 150 anos. Metade milénio não é, mas também não é nada mau.
A estrela deste suposto Santo Graal científico chama-se procyanidin C1 (PCC1), uma molécula retirada de sementes de uva. Até aqui, nada de estranho — já vimos de tudo na indústria da longevidade, desde banhos de gelo a cápsulas de cogumelos exóticos. Mas a Lonvi garante que esta molécula tem um superpoder específico: atacar as chamadas “células zombie”, aquelas que já não se dividem, não morrem, e passam o dia inteiro a provocar inflamação como se fosse um passatempo.
Segundo o CEO da empresa, Ip Zhu, isto “não é apenas mais uma pílula — é o Santo Graal”. E o director tecnológico, Lyu Qinghua, foi ainda mais ambicioso: “Viver até aos 150 é perfeitamente realista. Em poucos anos isto será o nosso quotidiano.” É caso para dizer que confiança não lhes falta.
Para dar alguma credibilidade à narrativa, a empresa apresentou resultados de testes em ratos de laboratório: os pequenos roedores viveram, em média, 9,4% mais… e para aqueles que começaram o tratamento desde o primeiro dia, a sobrevivência aumentou 64,2%. Traduzindo: ratos super velhinhos a fazer inveja a muito gato de sofá.
Esta obsessão pela longevidade tem crescido na China. A esperança média de vida no país chegou aos 79 anos em 2024 — acima da média global — e a procura por soluções anti-envelhecimento está cada vez mais na moda. Curiosamente, há poucos anos este tipo de investigação era encarado como “pseudociência de milionário americano”. Hoje, até empresas como a Time Pie, de Xangai, estão de olhos postos no futuro biológico da população.
A grande questão que fica é simples:
Vamos todos viver até aos 150 anos?
Ou será esta pílula apenas mais uma promessa brilhante que envelhece depressa?
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Só o tempo dirá. Felizmente, se os cientistas da Lonvi estiverem certos… teremos muito tempo mesmo para descobrir.
