Se acha que já viu concursos estranhos, espere até conhecer o mais recente fenómeno vindo da China: uma competição oficial de… ficar deitado. Sim, não é meditação, não é yoga, não é sesta patrocinada — é literalmente um concurso onde vence quem permanece mais tempo estendido num colchão, sem pôr um pé no chão.
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E prepare-se: houve 240 concorrentes, milhões de espectadores… e fraldas. Muitas fraldas.
O evento aconteceu a 15 de Novembro num centro comercial de Baotou City, na região chinesa da Mongólia Interior, e foi inspirado no movimento social conhecido como “lying flat” — uma filosofia de vida que defende o afastamento da correria, da pressão e do stress, trocando o “tem de ser alguém importante” por “eu vou ali deitar-me e já volto… ou não”.

As regras eram simples e simultaneamente desesperantes: deitar-se num colchão e não se levantar para nada. Podiam comer, ler, ver vídeos, mexer no telemóvel, rebolar um bocadinho — mas nada de colocar os pés no chão.
Casa de banho?
Esqueça. Era proibido. Daí a importância do item mais hilariante do concurso: fraldas para adultos, que vários concorrentes usaram com total orgulho competitivo.
As primeiras 24 horas foram um massacre silencioso: dos 240 participantes, 186 já tinham desistido. Lentamente, o número de heróis horizontais foi diminuindo até que, após 30 horas, restavam apenas alguns resistentes com o estofo psicológico — e a bexiga solucionada — para continuar.
A luta final foi digna de novela.
À marca das 33 horas e 9 minutos, restavam 3 finalistas. Dois minutos depois, caiu um. Os dois últimos duelaram deitados durante mais 20 minutos numa batalha épica onde a única arma era… a imobilidade. Até que, aos 33 horas e 35 minutos, um deles desistiu, e o outro foi coroado campeão absoluto do “deitar-e-não-levantar”.

O vencedor levou para casa 3000 yuan (cerca de 420 dólares), enquanto o segundo lugar recebeu 2000 e o terceiro 1000. Dinheiro bem ganho para quem, no fundo, só teve de fazer o que muitos de nós sonhamos secretamente ao domingo: não sair da cama.
O mais impressionante? Dezenas de milhões de pessoas acompanharam o concurso em directo.
Sim, milhões de espectadores a ver outra pessoa estar deitada.
A internet, meus caros, continua a ser o melhor e o pior da humanidade.
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E nós aqui no destaques.pt só podemos fazer uma reflexão final:
Se algum dia houver uma versão portuguesa deste concurso… preparem-se. Tenho a certeza que metade do país se inscreve, e a outra metade vê em streaming com snacks ao lado.