Bizarrices
A “Vanvera”: O Acessório Aristocrático do Século XVII Que Silenciava Puns (Sim, Isto Foi Mesmo Inventado)
Se acha que a criatividade humana chegou ao auge com o micro-ondas ou com o comando da televisão, prepare-se para reconsiderar tudo. No glorioso e perfumado século XVII, a aristocracia europeia — especialmente as senhoras de vestidos tão grandes que tinham código postal próprio — usava um acessório absolutamente bizarro chamado vanvera.
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E para que servia?
Simples: para abafar puns.
Está oficialmente no destaques.pt, por isso sabe que é verdade e é hilariante.
A origem deste engenho aromático continua envolta em mistério. Há quem garanta que já se via coisas parecidas no Egipto antigo. Outros dizem que os Romanos, sempre práticos, teriam inventado qualquer coisa do género. Mas prova concreta… zero. O que realmente sabemos é que, no século XVII, a vanvera era usada sobretudo pela aristocracia italiana, que aparentemente tinha um medo profundo de libertar gases sonoros durante jantares refinados.
A vanvera mais famosa — actualmente em exposição no Sex Machines Museum, em Praga — é uma pequena bolsa de couro que se ligava directamente ao fundo da utilizadora, escondida por baixo de camadas e camadas de tecido. A função era simples e nobre: conter o ataque químico, abafando o som e aprisionando o aroma. Depois, mais tarde, já longe do salão, a senhora podia esvaziar a bolsa com dignidade.
Sim, porque nada diz “classe” como desaparecer discretamente para despejar um saco de ventos aprisionados.
Mas esta era apenas uma das versões disponíveis. Segundo o Venezia Today, havia modelos mais ousados — incluindo um sistema de tubos que desviava as emissões nocturnas dos aristocratas para fora da janela, quando estavam na cama. Era engenharia com propósito. Ou uma espécie de canalização medieval para eventos gasosos.
Outras versões, descritas por Liekki Pieru, pareciam caixas metálicas com orifícios, coladas à roupa interior. Estas eram preenchidas com ervas aromáticas: lavanda, alecrim, salva… tudo para transformar o momento mais humano que existe numa “brisa da Provença”. O problema? O som. Podia cheirar a campo, mas continuava a soar a trovoada — e, por isso, caiu em desuso.
A verdade é que a vanvera revela algo profundo sobre a humanidade:
somos capazes de inventar absolutamente qualquer coisa, desde que haja constrangimentos sociais suficientes — especialmente num século onde os banhos não eram propriamente regulares e os perfumes tentavam competir com a realidade.
E se acha que hoje somos mais racionais, lembre-se desta história na próxima vez que vir alguém com uma capa para o telemóvel que parece um salmão, ou uma torradeira ligada ao Wi-Fi.
A vanvera pode ter desaparecido, mas a criatividade absurda ainda está viva — e nós, no destaques.pt, estamos cá para a documentar.