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Voluntária Arruína Obra de Arte… Por a Limpar Como Quem Põe um Espelho a Brilhar!

Se há histórias capazes de fazer qualquer museu suar frio, esta chega directamente de Taiwan e merece lugar cativo no panteão mundial das gafes artísticas. No Museu de Arte de Keelung, uma voluntária — cheia de boa vontade, mas claramente sem o módulo “Arte Contemporânea 101” instalado — decidiu pegar em um punhado de papel higiénico e limpar aquilo que julgava ser… um espelho sujo. O problema? Não era um espelho sujo. Era a obra de arte inteira.

A peça chamava-se Inverted Syntax 16 e consistia precisamente numa superfície espelhada coberta por pó acumulado ao longo de quatro décadas, com uma mancha central que simbolizava — segundo a descrição — a consciência cultural da classe média. Ou seja, o pó não era um extra: era a alma da obra. A textura. A história. O material artístico cuidadosamente preservado ao longo de 40 anos. E, infelizmente, também aquilo que a voluntária decidiu eliminar com determinação de quem está a preparar a casa para receber visitas.

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Imaginem o cenário: a voluntária, provavelmente animada com o seu dever de manter tudo “impecável”, olha para o painel e pensa algo como: “Que vergonha… isto está a precisar de um bom polimento!” Antes que alguém pudesse gritar “NÃO É PARA LIMPAR!”, o mal estava feito. Pó removido, significado artístico evaporado, curadores em choque e um artista provavelmente a gritar para dentro, sentado numa cadeira, mãos na cara, enquanto revê toda a sua carreira até aquele momento.

A direcção do museu reconheceu imediatamente o desastre. O vice-director, Cheng Ting-ching, revelou que foram realizadas reuniões de emergência após a “limpeza fatal”. Agora discutem como compensar o artista, porque restaurar o pó de quatro décadas não é propriamente algo que se consiga ir comprar em sacos ao supermercado. Há danos materiais… e danos existenciais.

Curiosamente, gafes destas acontecem mais vezes do que parece. O mundo da arte contemporânea está cheio de armadilhas involuntárias para quem não está habituado a distinguir entre “obra conceptual” e “objeto esquecido por alguém”. No ano passado, um técnico de outro museu atirou para o lixo uma obra que consistia em duas latas de cerveja esmagadas — convencido de que eram simplesmente restos de um visitante descuidado. Pelo visto, a fronteira entre “genialidade artística” e “reciclagem” continua perigosamente ténue.

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Moral da história? A arte é um campo vasto, estranho e por vezes pegajoso… e talvez esteja na altura de os museus organizarem uma formação intitulada “Cuidado: Isto Não É Lixo, É Arte”. Evitava muitos ataques de nervos — e muito pó histórico tragicamente perdido.



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