Há homens que fogem das compras como o gato foge do banho. Depois há este cidadão russo de Krasnoyarsk, que decidiu elevar a arte da desculpa a níveis olímpicos. Enquanto muitos limitam-se a suspirar, arrastar os pés ou alegar uma dor súbita e estrategicamente conveniente na lombar, este herói trágico encenou o roubo do próprio carro — tudo para evitar uma tarde a ver cabides e promoções de meia estação.
Sim, leu bem. O homem olhou para o calendário, percebeu que ia passar a tarde num centro comercial, e pensou: “Antes preso do que na secção de vestuário.” Mal sabia ele que o destino estava a ouvir…
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A história, revelada pela polícia em Outubro, começou meses antes, quando a esposa ligou para as autoridades a reportar que o Toyota Corolla do marido tinha sido roubado do estacionamento perto de casa. Até aqui, tudo normal. Mas minutos depois, nova chamada: afinal, tinham encontrado o carro numa ilha local chamada Otdykha. Ficou logo no ar aquele cheiro a história mal contada — e não era da oficina.
Quando os agentes chegaram ao local, depararam-se com sinais óbvios de entrada forçada e um sistema de ignição danificado. Tudo parecia indicar um roubo… até o marido começar a explicar o sucedido. E aí, caro leitor, a narrativa tornou-se mais confusa do que um manual de instruções traduzido automaticamente. Cada pergunta da polícia parecia desmontar mais um pedaço da fantasia automobilística.
À medida que as versões não batiam certo e as provas apontavam para dentro do próprio lar, os investigadores chegaram à conclusão inevitável: o homem tinha vandalizado o seu próprio carro — e encenado um roubo completo — apenas para escapar às compras com a esposa. Se fosse um filme, chamar-se-ia Missão Impossível: Fuga ao Shopping.
Agora, o pobre mártir do consumo enfrenta um problema bem mais sério do que escolher entre a H&M e a Zara: está acusado de “Denúncia Falsa Deliberada”, ao abrigo do Artigo 306 do Código Penal russo, e pode apanhar até dois anos de prisão. Ironia das ironias, em vez de fugir de um dia de compras, arrisca-se a ganhar uma estadia prolongada num sítio onde não há lojas… mas também não há desculpas que o salvem.
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Moral da história? Nunca subestime o desespero de um homem confrontado com uma tarde de compras. Mas, acima de tudo, nunca faça nada que obrigue a polícia a ficar mais tempo consigo do que a sua esposa — ambas são forças implacáveis da natureza.