Um estudo norueguês descobriu que adolescentes que exageravam um pouco no copo podem, curiosamente, tornar-se adultos mais bem-sucedidos. Aparentemente, aquelas festas regadas a cerveja morna e más decisões sociais podem ter tido um lado positivo — desde que não se tenha começado cedo demais.
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Quem diria? A ciência acaba de oferecer um argumento de peso para todos os que já disseram “foi só uma fase” ao lembrar-se das noitadas adolescentes. Um estudo conduzido pelo sociólogo Willy Pedersen, da Universidade de Oslo, acompanhou mais de 3 mil jovens noruegueses dos 13 aos 31 anos e concluiu que os adolescentes que praticavam binge drinking — ou seja, bebiam até tropeçar nas próprias convicções — tendem, em média, a alcançar melhores níveis de educação e rendimento na vida adulta.
Segundo Pedersen, a explicação não está exatamente no álcool, mas no contexto social em que ele é consumido.
“A explicação mais provável é que o álcool funcione como um marcador de sociabilidade, e esse hábito vem acompanhado de certos tipos de benefícios”, disse o investigador à VICE.
Ou seja: não é a cerveja que traz o sucesso, mas sim as conversas longas, as gargalhadas descontroladas e o treino intensivo de lidar com gente diferente — tudo o que as festas adolescentes proporcionam (junto com ressacas épicas e arrependimentos pontuais).
O estudo aponta ainda que frequentar ambientes sociais intensos ajuda a desenvolver habilidades de comunicação, confiança e redes de contacto, fatores que, mais tarde, abrem portas no mundo profissional. Em resumo: quem aprendeu a socializar entre copos, talvez saiba hoje socializar entre reuniões.
Mas antes que os adolescentes levantem brindes à ciência, convém um aviso: o estudo também mostra que começar a beber cedo demais pode ter o efeito contrário — e, nesse caso, o único sucesso garantido é na arte de colecionar problemas.
A própria Direção de Saúde da Noruega fez questão de lembrar o óbvio:
“Cada copo que você decide evitar é bom para a sua saúde”, alertou Linda Granlund, representante do organismo.
Portanto, se o seu currículo inclui algumas histórias etílicas da juventude, não se sinta culpado. A ciência diz que talvez elas tenham moldado o seu espírito de liderança — ou, no mínimo, o seu talento para contar boas histórias no jantar de empresa. 🍻
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