Ursos-Polares Invadem Estação Científica Russa e Transformam-na na Mais Gelada Casa de Férias do Mundo

Há quem sonhe com uma casa na praia, há quem prefira uma cabana nas montanhas… e depois há os ursos-polares da ilha Kolyuchin, que decidiram transformar uma antiga estação de investigação soviética no seu Airbnb particular — com vista panorâmica para o gelo e tudo.

ver também : Urso Paddington na voz de Volodymyr Zelensky

As imagens captadas pelo fotógrafo Vadim Makhorov são qualquer coisa entre o National Geographic e o Big Brother: Edição Ártica. Makhorov, que andava de drone a filmar as paisagens remotas do mar de Chukchi, ao largo da costa leste da Rússia, deparou-se com um grupo de ursos-polares a relaxar no que resta das instalações de uma base científica abandonada. Um cenário que mistura apocalipse e fofura: portas caídas, paredes descascadas e lá dentro, ursos a espreguiçar-se como se estivessem num spa.

“Os ursos não são estranhos ao conforto”, escreveu Makhorov nas redes sociais. “Eles percebem as casas como abrigo.” E, convenhamos, quem os pode culpar? Com o frio glacial lá fora e as tempestades de neve que cortam a respiração, encontrar um teto — mesmo que com buracos — é um luxo polar.

A ilha Kolyuchin, localizada a cerca de 11 quilómetros da península de Chukotka (a mesma que encara o Alasca do outro lado do estreito de Bering), foi em tempos um posto de investigação meteorológica soviético. Mas desde que foi abandonado nos anos 90, o único movimento humano por ali é o de turistas curiosos que, de longe, observam o que agora se pode chamar de “condomínio exclusivo dos ursos-polares”.

As fotos e o vídeo rapidamente se tornaram virais, com internautas de todo o mundo a comentar que os ursos pareciam “em casa”. Uns estendidos nas janelas, outros a farejar o interior das cabanas, e um ou outro a olhar para o drone com a expressão típica de quem pensa: “Epá, mais um influencer?”.

ver também : urso entra em casa Califórnia

Entre os escombros e a neve, há uma espécie de poesia visual: a natureza a reclamar o que o homem abandonou. No fundo, é uma metáfora gelada da vida — e um lembrete de que, enquanto nós discutimos o preço da eletricidade, há ursos que vivem felizes num prédio sem portas, sem contas para pagar e com frigorífico natural à porta.

ver também : Elon Musk e mais uma polémica com o Twitter

Agora só falta mesmo a Netflix apanhar a ideia e transformar este cenário em série documental: “Ursos no Fim do Mundo” — temporada 1: “Do Ártico com Amor”.

Fonte: BBC News