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Polícia Descobre “Crime do Clip”: Agentes Apanhados a Fingir Que Trabalham Com um Clássico Truque de Escritório
Há quem diga que o crime não compensa, mas aparentemente em Manchester houve quem tentasse testar a teoria… sem sequer sair de casa. A Polícia de Greater Manchester (GMP) anunciou que 26 oficiais, funcionários e até alguns contratados estão a enfrentar processos disciplinares por uma façanha digna de comédia britânica: o key-jamming, também conhecido como “a arte de parecer ocupado sem fazer nada”.
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A técnica é simples e, pelos vistos, bastante popular entre preguiçosos profissionais: consiste em deixar um objeto (um clip, uma caneta, ou talvez um donut esquecido) a pressionar uma tecla do computador, para que o sistema acredite que o utilizador está em plena labuta — quando na verdade pode estar a ver séries, a dormir a sesta ou a aperfeiçoar o café instantâneo.
O problema é que o sistema anti-corrupção da GMP não dorme. Detectou “comportamentos anómalos de teclar” nos dispositivos fornecidos pela força, o que levantou sobrancelhas e alarmes. A partir daí, foi só seguir o rasto dos “digitadores fantasmas”.
O subchefe Terry Woods explicou que a operação já decorria há meses e visava identificar estas situações de “teclas repetidas de forma anormal”. Traduzindo: teclados que pareciam ter entrado num transe zen, com a mesma tecla a ser pressionada eternamente. “Pode ser um objeto deixado sobre o teclado”, disse Woods, com a diplomacia típica de quem tenta não dizer abertamente: “puseram um peso em cima da tecla e foram ver a Netflix.”
Perante a descoberta, a polícia decidiu suspender o teletrabalho — pelo menos até garantir que os teclados da corporação estão a ser usados por mãos humanas e não por clipes, grampos ou gatos de estimação com tendências burocráticas.
A medida faz parte de um “programa contínuo para melhorar a eficiência e eliminar o mau desempenho”, o que soa muito bem no papel. Mas os mais cínicos dirão que se trata de um duro golpe para quem acreditava ter encontrado o equilíbrio perfeito entre “vida profissional” e “maratona de sofá”.
E se isto parece caricato, o mais curioso é que a GMP não é a única instituição a lidar com esta “epidemia de produtividade simulada”. Segundo Woods, outros sectores já tomaram medidas rápidas quando o key-jamming foi descoberto. Quem diria que a tecla mais usada do trabalho remoto seria… a tecla de enganar o patrão?
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Moral da história: o verdadeiro crime não é o key-jamming — é achar que o computador não se apercebe quando o utilizador desaparece há três horas e o rato não se mexe.
Fonte: BBC News