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Pedreiro sírio tropeça em tumba bizantina com 1.500 anos… e não era no Google Maps!

Quando um empreiteiro sírio começou a limpar os escombros de uma casa destruída, o mais provável é que esperasse encontrar tijolos partidos, canos ferrugentos e, com sorte, uma moeda de 5 liras perdida no tapete. O que ele não esperava — e ninguém no bairro, já agora — era tropeçar (literalmente!) numa tumba bizantina com mais de 1.500 anos, digna de filme de Indiana Jones, mas sem o chapéu fedora.

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A descoberta foi feita em Maarat al-Numan, na província de Idlib, entre Aleppo e Damasco. Esta cidade, para além de ter um nome que parece ter saído de um feitiço do Harry Potter, está agora nas bocas do mundo. E tudo porque, debaixo de um edifício danificado, havia um buraco que levava a duas câmaras funerárias subterrâneas. Cada uma com seis túmulos de pedra, adornados com cruzes e artefactos em vidro e cerâmica.

Hassan al Ismail, o director de antiguidades da região (e agora o homem mais popular do bairro), confirmou que se tratava de uma tumba bizantina, graças à simbologia cristã e aos objetos encontrados. E acrescentou com orgulho que Idlib, embora actualmente não seja destino turístico muito procurado (vá-se lá saber porquê), tem cerca de 800 sítios arqueológicos. Basicamente, se alguém tropeçar forte, é capaz de descobrir outra civilização.

Este achado surge poucos meses depois da queda do regime de Bashar al-Assad — o que talvez explique porque é que, em tempos, as pessoas escondiam qualquer pedra antiga com medo que o governo confiscasse a propriedade. Agora, com uma liberdade arqueológica recém-descoberta, até os pedreiros estão a fazer história… literalmente.

Um dos moradores, Ghiath Sheikh Diab, contou que “no tempo do Assad, quem encontrasse ruínas tapava-as logo”. Outro, Abed Jaafar, recorda que Maarat já foi ponto de paragem para turistas: “Temos de cuidar destas antiguidades e restaurá-las, para trazer de volta o turismo e a economia”. Ora aqui está um plano económico digno de César: mais túmulos, menos escombros.

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Seja como for, a verdade é que esta tumba é mais do que um buraco no chão. É um lembrete de que a história continua viva — ou pelo menos bem conservada em pedra — à espera que alguém, armado com uma pá e alguma sorte, lhe tire o pó.



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