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Primeiro um Rato, Depois um Mamute? Cientistas Criam “Rato Lãzudo” em Experiência Genética Surreal

Se pensava que a ciência já tinha atingido o seu limite de loucura, prepare-se: cientistas que tentam trazer os mamutes de volta à vida acabaram por criar… um rato peludo XXL.

A empresa de biotecnologia Colossal Biosciences, baseada no Texas, já tinha revelado, em 2021, o seu plano ambicioso de “ressuscitar” o mamute-lanoso e, mais tarde, o dodó – e rapidamente atraiu tanto investidores entusiasmados como cientistas céticos.

Agora, num passo inesperado rumo à “Era do Gelo: Versão Científica”, os investigadores anunciaram que editaram sete genes em embriões de ratos para criar um pequeno roedor com pelo longo e espesso, semelhante ao de um mamute.

Apresentamos o “Rato Lãzudo”

O resultado desta experiência foi apelidado de “colossal woolly mouse” (rato colossal e lanoso).

Mas este rato não ganhou apenas um casaco novo. Segundo a Colossal Biosciences, ele também herdou outra característica fundamental dos mamutes:

👉 Um metabolismo acelerado de gordura, que, acredita-se, ajudava os mamutes a suportar temperaturas extremamente frias.

Ou seja, se este rato vivesse numa casa em Portugal, provavelmente nunca teria de fugir para trás do frigorífico em busca de calor.

Porquê começar por um rato em vez de um mamute?

Segundo a cientista-chefe da empresa, Beth Shapiro, a ideia era testar a tecnologia num animal mais pequeno e de reprodução mais rápida antes de dar um passo maior… para um elefante asiático.

Sim, porque o elefante asiático é o parente vivo mais próximo do mamute, e é nele que os cientistas planeiam implantar estas modificações genéticas.

Só há um problema: os elefantes asiáticos estão em perigo de extinção, o que significa que qualquer tentativa de manipulação genética nesta espécie vai enfrentar uma muralha de burocracia e debates éticos.

Ben Lamm, CEO da empresa, admitiu que “haverá muitos obstáculos legais antes que possamos avançar para a fase dos elefantes” – ou, dito de outra forma, antes que o mundo tenha um mamute versão 2.0.

Estamos a reviver a pré-história ou apenas a brincar com ratos peludos?

O projeto da Colossal Biosciences tem gerado reações mistas na comunidade científica.

De um lado, há quem acredite que estas experiências podem trazer avanços importantes para a conservação de espécies ameaçadas e até ajudar a reverter o impacto da ação humana nos ecossistemas.

Do outro lado, existem cientistas que questionam a utilidade de “brincar” com a genética de animais extintos quando há tantas espécies vivas que precisam urgentemente de proteção.

Por agora, o mamute-lanoso ainda não deu os primeiros passos na sua nova vida, mas o seu primo mais pequeno – um rato super peludo – já anda por aí, pronto para enfrentar o frio com o seu casaco genético de última geração.

E assim se prova que, na ciência, dar um pequeno passo para um rato pode ser um salto gigante para um mamute.

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