O Global Dream II estava prestes a tornar-se o maior navio de cruzeiro do mundo. Era tão grande que podia levar quase 9000 passageiros a bordo, ainda teria um cinema e um parque aquático (melhor que o do Titanic, entenda-se, estas aventuras estavam programadas).
Tudo estava a encaminhar-se para fazer deste navio um enorme sucesso até o seu construtor declarar falência. Ora bem, passando às contas… 1,39 mil milhões foi o que custou para a construção, mas ainda não está concluído. Retoques nos compartimentos dos passageiros e em muitos espaços da embarcação ainda estão à espera de ser concluídos. Claro que para isso é necessário encontrar um comprador que tenha essa exorbitância de dinheiro para ficar com este gigante dos mares.
A urgência desta venda prende-se com dois grandes fatores: uma vez que ele é gigante, ocupa demasiado espaço no estaleiro. Segundo, o estaleiro onde ele se encontra foi comprado e pretende-se que seja utilizado para a construção de navios militares. E quer-se que cumpra a função depressa.
Concluindo, até finais de 2023, o navio tem de estar fora do estaleiro. Só existem, portanto, duas soluções: ou é desconstruído, vendendo-se as peças e vendendo o casco para sucata ou vende-se a alguma empresa que tenha interesse, mas o tempo para terminar toda a obra já é escasso o que complica esta venda. Passar pela Turquia para ser “reciclado” talvez seja a última solução e a mais viável.
Seguir os nossos sonhos é importante, mas mais importante ainda é ter noção das nossas possibilidades. Não sabemos se esta construção megalómana levou a construtora à falência, mas não deve ter ajudado a este desfecho.
Não sei se chegaremos a ver o Global Dream II nos mares, aguardemos pelas cenas dos próximos capítulos.
